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O que são os Sistemas Alimentares?

Atualizado: 26 de jan. de 2023

Os sistemas alimentares são compostos por “todos os elementos (ambientes, pessoas, insumos, processos, infraestruturas, instituições, etc.) e atividades que se relacionam com a produção, processamento, distribuição, preparação e consumo de alimentos, e os resultados dessas atividades, incluindo resultados socioeconômicos e ambientais ” (HLPE, 2014a).


Um sistema alimentar é composto por diferentes subsistemas (por exemplo, sistema agrícola, sistema de gestão de resíduos, sistema de fornecimento de insumos etc.) e interage com outros sistemas-chaves (por exemplo, sistema de energia, sistema de comércio, sistema de saúde, etc.)


Os sistemas alimentares são complexos e ultrapassam as barreiras disciplinares, divisionais e institucionais, relacionando-se com os diversos desafios da segurança alimentar e da nutrição. Eles estão cada vez mais globalizados, e suas interações exigem ações tomadas por diversos atores de níveis locais, nacionais, regionais, globais, públicos e privados; e vista pelos diversos ângulos além da agricultura, como a política, saúde, meio ambiente, educação, infraestrutura e etc (FAO, 2018).




Para que funcionem com eficiência e cumpram sua missão de alimentar a humanidade, os sistemas alimentares dependem do gerenciamento sustentável dos recursos naturais.


Um sistema alimentar sustentável é aquele que garante a segurança alimentar e nutricional para todos sem comprometer as bases econômicas, sociais e ambientais das futuras gerações (HLPE, 2014a).


Cenário global


Da metade do Século 20 até recentemente, o sistema alimentar global apresentou um desempenho surpreendentemente bom, com o preço real dos alimentos permanecendo constantes (ou mesmo diminuindo).


A produção de alimentos mais que dobrou, numerosas empresas locais, nacionais e multinacionais relacionadas com alimentos surgiram, fornecendo meios de subsistência para milhões em vários países.


Ao mesmo tempo, a população humana se expandiu significativamente, de cerca de 2,7 bilhões de pessoas em 1955 para mais de 7,7 bilhões hoje (Steiner et al, 2020).




Contudo, apesar de todo o progresso feito em alguns aspectos, o fato é que o sistema alimentar global não está entregando segurança alimentar e alimentos saudáveis para todos, nem está usando de forma sustentável os recursos naturais (Unep, 2016).


Mais de 800 milhões de pessoas passam fome e mais de dois bilhões sofrem com uma nutrição deficiente em vitaminas e sais minerais. Ao mesmo tempo, em vários países, em especial os ricos, há uma epidemia de sobrepeso e obesidade que atinge outros dois bilhões de pessoas.


O que fazer?


Todos os indicadores são, portanto, de que o sistema alimentar requer uma reforma com o objetivo de reequilibrar a oferta e a demanda mundial por alimentos, não deixar ninguém com fome, corrigir os desperdícios e anomalias de consumo, preservando o meio ambiente.


Na prática, o manejo da flora e da fauna em larga escala no mundo faz com que o setor seja o maior usuário massivo de terra, biodiversidade, água doce, nitrogênio e fósforo.


É também o maior responsável por impactos ambientais, como a perda de biodiversidade, degradação do solo, esgotamento da água, dos peixes e grande emissão de gases de efeito estufa.


Um grande desafio da humanidade hoje é criar sistemas "inteligentes” em relação ao uso dos recursos naturais.




Os sistemas alimentares são direcionados por fatores socioeconômicos e pela disponibilidade de recursos naturais para sua produção de um lado e as demandas por alimentos da população de outro.


No meio desse caminho estão renda, emprego, saúde, capital social e político que definem a disponibilidade e o acesso ao alimento. Nosso trabalho é reivindicar que os sistemas sejam orientados para a promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional.


O relatório “Actions to transform food systems under climate change” (Steiner et al, 2020) aponta quatro frentes de ação nesse sentido:


  • Reorientar a agricultura e os meios de subsistência rurais para novas trajetórias;

  • Minimizar os riscos dos meios de subsistência, fazendas e cadeias de valor;

  • Reduzir as emissões através de dietas mais sustentáveis;

  • Realinhar o apoio financeiro para os movimentos sociais e a inovação


Vamos juntos


A Jornada do Alimento atua nesse contexto, contribuindo para a reorientação da produção e distribuição mais sustentáveis de alimentos, ao se propor a ser um hub de informação e educação com foco no consumo responsável.


Nosso trabalho é conectar produtores e consumidores, doadores e captadores, provedores e buscadores de informações e conhecimento sobre o consumo responsável de alimentos.


Participe você também dessa Jornada do Alimento, nos seguindo em nossas redes sociais, fazendo suas sugestões e críticas. Vamos juntos criar um sistema alimentar mais sustentável.


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